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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Na sombra da noite


Oh!...Senhor, guia-me os passos, o meu coração
Sede a luz que busco ao caminhar na escuridão,
A tênue luz que vislumbro ao fim deste caminho
Nela irás acolher-me, encontrarei o teu carinho.

Nesta tristeza, Pai, que humanamente me acomete
Eu rogo-te, ela não possa destruir-me, sufocar-me.
Ajuda-me, Senhor Deus, que não perca a minha fé
A bondade, misericórdia, no coração amargurado.

A melancolia faz doer meu peito e tem sabor de fel
Quando antes, tudo ilusão, mas tinha sabor de mel
Passa o tempo, brisa, sol, chuva e ventos no açoite,
Se confundem com saudades nas sombras da noite.

Misericórdia Senhor, rogo-te por nós, os filhos teus,
Pois hoje vislumbrando o mundo de forma tão cruel,
Teus filhos loucos, desvairados, à vagarem perdidos,
Sem lenitivo de amor, desorientados, sofrendo ao léu!

Piedade para as almas atormentadas que aqui estão,
Assustadas, violentadas, oprimidas nas forças do mal.
Traz até nós teus santos bálsamos perfumados, unção.
"Oásis do deserto", cuidai de nossas chagas, desolação!

Meu úmido olhar perde-se no infinito e como um véu,
Tenta ver, ouvir anjos, música celeste, vindos dos céus
Estou com a minh´alma triste, o meu coração cansado.
A solidão, a eterna companheira, sempre ao meu lado!

Roseleide Santana de Farias

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Á ti, minha bela águia distante



Neste vinte de junho do ano de 2012, viestes à mim,

Chegastes de forma tão surpreendente, inesperada. 
Bela e forte águia, que voando internacionalmente,
Em meu coração fez seu ninho, aconchego, paixão, 
Pousando de mansinho, me cativando, fez morada.

Depois das chuvas, o sol brilha a lançar os seus raios
Me aquecem com a diáfana luz a espraiar doce magia.
Vejo as estrelas, as luzes, as cores e pássaros cantores,
A canção do vento a murmurar mensagens de alegria. 

Meu coração feliz, em festa, agradece a paz, harmonia.
 

O deserto desta vida, deixa a alma sedenta, sofrida.
No oásis buscamos matar a sede, solidão, saudades.
Sonhos, quimeras, são energias que nas primaveras
Nos chegam com o frescor das manhãs e nos invade
Ondas de amor, brisa marinha, terno carinho, luar.
Roseleide Santana de Farias
-21/06/2012-

segunda-feira, 4 de junho de 2012

CONTEMPLAÇÃO





O meu céu está nublado, cor de chumbo
Meu sol antes brilhante, se foi tão fugidio
Vejo as nuvens fechadas, os nimbos no ar
E grandes promessas de chuvas à caírem.


Sob o céu as nuvens passam tão ligeiras
Levadas pelos fortes ventos como açoite
Para mitigar a sede daqueles que sofrem
Rogo-lhes vão aos sertões, mais ao norte


As palmas dos coqueirais e as plantações
Gente, animais, são todos nossos irmãos,
Que agradecem refrescados pelos ventos
E mansas ou fortes chuvas quando caem


As nuvens, os ventos e as chuvas, descem
E elas em festas, caem como densos véus
Me encantam, me assustam, sons, trovões
Os relâmpagos clareiam as águas dos céus


Enternecem-me os vermelhos telhados que
Abrigam almas, famílias, crianças e sonhos
Procuram o conforto, a segurança dos lares
Fugindo ao frio, o medo e o cruel abandono



O sibilar dos ventos balançando as árvores,

Os meus cabelos, jardins, quintais, pomares
Os belos coqueiros, as árvores, minha terra
Banhados pelas chuvas, os rios e os mares.



Os passarinhos se aconchegando nos ninhos

Raros são os seus voos ou o seu belo cantar
Nos sertões, seres viventes rogam por chuva
E os benefícios, as bênçãos que a chuva traz



Seria o fim da dor, da fome, seca, desolação!
Se alguns sofrem por ter chuvas em demasia
Ao sertanejo sofrido, é vida plena, renovação
Para o camponês é fartura, satisfação, alegria



Roseleide S. de Farias   (http://leidefarias.blogspot.com)
Fevereiro / 2012