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sábado, 14 de agosto de 2010

Momentos de Meditação



 
Meu Senhor e meu Deus
Tão belo e infinito
é o teu mundo,
longe do alcance
das minhas mãos.

Estranha esta melancolia
que invade a minha alma!
Esta saudade incontida
do meu “eu” maior
que está ausente, distante,
em teu maravilhoso mundo,
tão cheio de Amor,
Harmonia e Paz!

Ansiosamente,
busco a cor púrpura
no azul celeste do teu Céu!
Ouço a canção do vento
na brisa doce e suave
que acaricia os meus cabelos,
neste lar que me destes!

A bruma e o murmúrio do mar
falam-me de Ti,
do teu imenso amor
e que Tu olhas por mim!

O brilho ofuscante das tuas estrelas
fala-me de esperanças,
na terra, infinidade do teu mundo
e que não desperdiças
sequer uma gota de orvalho
da pétala de uma flor!...

Ajuda-me, Pai querido!...
Sede, meu guia, meu Mestre.
Invade-me, transporta-me, molda-me,
mergulha-me em teu seio,
o Lar Cósmico de onde viemos,
para onde voltaremos,
no teu Tempo de Deus!...

Roseleide S. de Farias

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

" À Resistência "



São muitos os momentos
que durante o caminhar
no percurso de uma vida,
deixa muito a desejar!
Quem sou eu!... Quem és tú!...
A resposta estará
na sublime resistência
ou fraqueza no lutar!
Almas que se vendem,
consciências que adormecem,
espíritos que enfraquecem,
limitados no sistema
que o poder estabelece!
São tantos ódios, discriminações,
perseguições, violências,
indignações, desafios,
mágoas, medos, opressões,
enchendo os corações
das gentes ansiosas
desesperançadas, carentes,
mal amadas, sofridas!
Não fossemos nós, os humanos,
limitados, tão mesquinhos,
egoístas, prepotentes,
encontraríamos o Caminho
de Paz para a nossa Gente!
O Caminho!?... Nós o conhecemos!...
É sensibilidade, respeito,
Fraternidade, Justiça,
Igualdade entre os homens.
É o espírito da Liberdade
clamando, buscando pelo Caminho
o calor, o aconchego, vindos
do Amor Maior tão etéreo
na Divindade Suprema,
através de Nós, de Vós
e dos Outros!
Roseleide Santana de Farias


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Momentos

Tudo tão lindo, tão calmo,
a brisa sopra, doce e suave
sobre mim!
Sinto a mão de Deus,
seu toque mágico
nas coisas boas e belas da vida!...
Senhor, Senhor!...
Vinde à mim!
Preenche este vazio,
esta sede de amor
e plenitude
que há em meu espírito.
Suaviza esta alma
ansiosa por Tí!
Livra-nos dos descaminhos
e nos fortalece diante
das adversidades
neste pequeno barco que sou eu
vagando em meio
às tempestades da vida.
Não me deixai perecer,
naufragar
com seus pequenos tripulantes.
Nós, peregrinos da terra e do mar,
tais as longínquas estrelas do céu
e os grãos de areia aos nossos pés,
também pertencemos ao teu
Universo infindo!...
E somos parte de TÍ!...

Roseleide S. de Farias
A Rosa Azul

" Almas vagantes "


Somos almas que vagam
Viajantes solitários
No tempo incomensurável
Do espaço infinito
Entre o céu e a terra
Neste mundo sem fim!

Somos centelhas
Deste vasto universo
Receptáculo humano
De Luz Celestial
À caminharmos para Tí,
Amado Rei e Senhor!

Vida!... Vida!...
Rosa viva, pulsante,
Harmônica, contagiante,
Na alegria de SER!

Vida!... Vida!...
Luz que se apaga
Na tristeza infinita
Das efêmeras ilusões!

No cumprimento da Lei
Tudo se transforma!...
Que nas alegrias e
Tristezas transitórias,
Permaneça o " Ideal sublime "
Num calor incandescente
Acalentando novos corações!

Roseleide S. de Farias

*************************///***********************
Interação do poeta Carlos Neves:

Sou alma que desce
Pelas escadas da noite
Pulsante de amor
Não marco o tempo
Nem esforço evolutivo
Conto apenas as vidas
Por mim vividas.

( Carlos Neves )

Com os meus sinceros agradecimentos por sua gentil,
sensível, espiritual e inteligente criatividade poética!

A Rosa Azul

segunda-feira, 26 de julho de 2010

" Meu trenzinho "


Lá vem o trem
Serpenteando sozinho
Tão forte, alegre, gigante,
Cantando pelo caminho!

Já vejo o trem apitando
Por entre os galhos do arvoredo
Sobe serras, desce montes,
Com seu apito fagueiro!

Lá vem o trem, fantasias,
História, passado, futuro,
Crianças, jovens, velhinhos,
Protegidos entre os muros

Passageiros encantados,
Almas buscando carinhos,
Os agitados corações,
Na estação a esperar
Os rumos que a vida dá!

Lá vem o trem, apressado,
Seu grito agudo me atinge!
_"Sou formoso e muito forte!"
E o danado parece vivo...
É como se fosse gente!

_Piuuuíííííí!... Piuuuííííííí!...
Ele diz: _ "Sai daí, gente!...
Sou um dragão perigoso,
Respeite a minha passagem,
Saiam da minha frente!"

Corre, corre, meu trenzinho,
Nos caminhos deste mundo
E vai ver o meu benzinho
Que está distante de mim
Preciso do seu carinho!

Lá vai o trem... Lá vem o trem...
Qual serpente, tão sozinho,
Entre veredas, sertanias,
Flores, encantos, magia,
Chuva, sol, doce alegria,
Por entre rosas e espinhos!

Lá vem o trem...Lá vai o trem!
Meus pensamentos contigo
No percurso do caminho
Pedindo à Deus piedade
E a Sua Força Maior
Que nos proteja querido
Das intempéries da vida
E cuide do nosso amor!


Roseleide S. de Farias





domingo, 25 de julho de 2010

Um Pseudo Poema ao Sol




O sol primaveril está brilhando, suavemente chegando
em seu diáfano e esplendoroso véu! E no seu eflúvio de
cores nos traz alegrias, vida, flores; aliviando as nossas
dores, são doces bálsamos vindos da infinitude do Céu!

O sol que brilha aquece a alma, nos traz amor e alegria
Nos dá a vida, sustentabilidade, alimentos e renovação.
Seres alados singram os ares em suave magia e me vêm
trazer a Paz, Serenidade, Poesia, Ternura, Inspiração.

O céu límpido tão bonito nos  promete um branco luar,
noite estrelada, sonho, poesia, uma voz singela a cantar
os sentimentos do amor, o abandono, anseios, tristeza,
dor, a sublime gratidão na vocação para amar, sonhar!

Dias de sol e jangadas ao mar na suave brisa a soprar
E lá vou eu sobre as águas, os meus cabelos a esvoaçar,
tão leves soltos ao vento, o meu barco singrando o mar
no balanço das verdes ondas, brancas velas a tremular

Lá vai a minha jangada veloz, nas azuis marolas do mar
cortando as fortes ondas, enfrentando o vento a soprar.
A buscar boa aventura junto as brancas, belas gaivotas,
para o peixe pescar. Côco, dendê, pimenta, ai, degustar!

As gaivotas e andorinhas, os beija-flores, os bem-te-vis
As pequeninas rolinhas e mimosos colibris, a se alegrar com as chuvas do verão de janeiro à chegar, me trazem
paz, o calor, fantasias, sensualidade e canções de amor.

O sexo, a vida, o sol, as chuvas, o verde e a procriação,
vêm enfeitar a galharia para os doces frutos do verão!
O céu resplandece azul anil, nos traz mistérios sem fim
Dissipa o cansaço, melancolia, bem escondidas em mim

São resquícios das saudades dos meus amores que se vão
Nesse sofrer imprevisível que deixa triste o meu coração!
O rei sol exibe o verde, exalta o céu azul na
luz multicor,
pujança das águas no inverno, primavera beleza da flor!

Mares, rios, fontes, cascatas, cachoeiras deslumbrantes
em forças e belezas mil. A rica fauna, bela flora, me faz
amar sempre mais as férteis terras, lindas praias, deste
meu amado, exuberante, querido, tão cobiçado  Brasil!

Os raios de sol "brilham nas vidraças da minha janela"
diz a bela canção. O sol derrama seus raios multicores,
cujos reflexos fulgurantes querem afastar minhas dores
enxugar as lágrimas indolentes de minh´alma, coração,
que busca ascender à luz, achar a sublime iluminação!

O sol fala de esquecimento, esperança, paz e cooperação
Nos estimula a praticar caridade, misericórdia e perdão!
Sol radioso, tu que me traz a vida, a vivificação; é magia
do arco-íris que invade o meu Ser, aquece a minha Fé, à
me falar de carinho, mudanças, amores, paz, comunhão!

As flores lindas que eu vejo me chamam até o meu jardim
Me dão beleza e perfume, as rosas, as açucenas e jasmins!
O doce cheiro dos lírios, mirras, cajueiros, maturis, belas
Mangueiras e coqueirais que parecem acenar prá mim!...

A linda passarinhada voa e canta com uma intensa alegria
quando ao raiar da madrugada, sua algazarra me contagia.
Cantam fazendo alarde e choram fazendo festa. Eu os sinto
amedrontados, saudades das verdes matas, os doces cheiros
das flores, frutos, folhas macias de belas e densas florestas!

Meus queridos passarinhos se entrelaçam nos ares, se bicam,
se abraçam e se beijam, choram a falta das fontes, ouvir som
dos belos córregos límpidos e cantantes, correntezas dos rios
a deslizar sobre os úmidos vales, serpentear entre os montes


As lindas aves ansiosas, numa balbúrdia danada, voam para
os galhos do esplendoroso arvoredo. Vêm procurar por seus
ninhos que acolhem seus pequenos corpos, guardam os seus
mais singelos sonhos, e escondem os seus íntimos segredos!...


Um entardecer se anuncia onde nas solitárias praias vazias
os jacarés abrem as bocas entre mares, rios e as serranias.
O "Bolero de Ravel" se expande, o sol vermelho se esconde
Forte Velho e a Ilha Bela, Stuart também é uma linda ilha!

 
A Senhora do Brasil e a Senhora da Guia, e lá além dos doces
igarapés, verdes restingas, se encontra antigo povo, bela Vila!
Todos esses seres viventes a buscarem juntos uma só direção: Recanto, paz, sossego, e no silêncio da noite enfrentar o medo
Dragões, feios monstros, ilusões, os seus belos sonhos desfeitos
E assim revigorar-se no calor dos braços, achar o aconchego!
Roseleide S. de Farias

sábado, 24 de julho de 2010

Poesias, Vôos e Sonhos



Sonhar, sonhar, voar...
Como branca gaivota
Que singra os ares,
Que plana, esvoaça
Acima da terra,
No firmamento azul,
Sobre rios, fontes
E longínquos mares!


Poesias, sonhos,
É a alma em anseios,
Buscando no Céu encontrar
Algo mais do que a Terra
Tem em seus seios,
Alimento, água, pão,
Pedregulhos para dar
E peixes no mar!


Viver é algo mais
Que simplesmente "Ter"
É a alma que busca
Incessantemente achar
Este algo mais para
O meu "eu" insatisfeito:
O Amor, o Carinho,
A beleza da Ternura,
O Perdão, a Alegria
De doar-se e esquecer
Possíveis Ingratidões!...

Roseleide S. de Farias

Neste momento em que escrevo estes simples versos, ofereco-os à SCEP, ( Sociedade Cabedelense de Escritores e Poetas ), Instituição recém fundada em nossa cidade, da qual tenho tido a honra de participar como instituidora, presidente do conselho e presidente da executiva, almejando que a mesma seja sempre iluminada pelos belos e bons propósitos que é levar pão em forma de poemas, às almas famintas de enlevo e ternura! Que nunca esta digna Instituição seja tomada por interesses pequenos de poder, de vaidades, orgulhos, sentimentos mesquinhos e pessoais contra quaisquer companheiros poetas desta ou de outra cidade! Que as portas desta instituição estejam sempre abertas para o BEM, o aprimoramento moral e intelectual do nosso povo, através da poesia seja ela escrita, falada, cantada ou encenada!

Roseleide Santana de Farias


" O Amor "



















Já tão tarde... é noite ainda...
E eu te aguardo
No aguardado dos caminhos
Que se esvaem no tempo

A tua presença no meu "eu" constante
Me inquieta, me absorve,
Angustia, queima e me fascina
Nesta ansiedade louca

Este amor tão grande
Deixa minha alma ardente,
Amorosa, alegre, iluminada
E temerosa, fria, ao prever a dor!

Ah!... o amor
Luz de arco-íris e nuvens sombrias
Laços eternos e etéreos
Que nos prendem, envolvem, liberam,
Nos encontros e desencontros da vida

Ah!... o amor
Ânsia de almas que buscam
Algo mais no sobreviver latente
Em um mundo hostil, banal,
Violento, perigoso e venal

Ah!... o amor
Eros, Filos, Ágape,
Símbolos de incêndio na alma
Luxúria, poder, ambição, paixão,
Calor, doçura, luz, ternura,
Doação, partilha, gratidão,
Misericórdia e perdão!

Ah!... o Amor e o Bem
Felicidades, Paixões e Dor
Têm reflexos e cores do arco-íris
Através do sentir nos atos
Em caminhos floridos,
Pedregosos, distorcidos e sofridos
Através dos valores múltiplos
Guiados pelas veredas da emoção

Mas, de forma redentora
Somos estimulados à evolução
Ascendendo à cada nova estrada
Com os pés firmes na terra,
Luz e amor no coração
Tendo os olhos fixos no Céu
Por infinita e profunda vocação!

Roseleide S. de Farias

Pensamentos poéticos à um " Soneto em paradoxo " e " A flor e o espinho "


















Brilha o sol entre as nuvens longínquas
Cristais, Cirros, Cúmulos..., Lindas, tão belas!...
Que a minha alma canta, se alegre ou triste,
Sentindo o sopro do vento e a brisa célere

Afaga-me os cabelos o vento gostozo
Imaginando-os pétalas de rosas
Ou outras belas flores,
Que se esmaecem, deleitando-se,
Ao sentir os gentís afagos
Que enleva o coração
Para a compreensão da vida,
Beleza, carinho, ternura,
Explendores!

Ah!..., as flores, rosas especificamente,
Em suas múltiplas e extasiantes cores,
Cujo perfume inebria, sua beleza entontece
As mentes sensíveis e um coração ardente
Amante do belo e rico em amores!

Ah!... as rosas e os pobres espinhos
Pobres, tão pobres, coitadinhos,
Pois tendo ao lado a bela flor,
As vezes tão insensível, coitado,
Não sente seu delicado perfume
Tão inebriante de amor!

A missão do espinho
É proteger e amar a flor
Não tentar espezinhá-la,
Maltratá-la ao espelhar-se,
Exibindo grosseiras emoções,
Levando-lhe decepção,
Tristeza, sentimentos de dor
Pois o espinho não deveria...
" Não machuca a flor "!
ROSAS, especificamente!...

Roseleide Farias

Inspiração à um belo "soneto ao luar" de Virgílius





















Amei, amei, amei...

O seu " Soneto ao luar "
Que deixou a minha alma
Extasiada em doçura,
Beleza, paixão, ternura,
Sensibilidade para amar!

Amantes da lua somos
E do sol que nos aquece,
Da chuva que vivifica,
No amor que fortalece,
Que fecunda a terra
E a vida faz germinar!

Esta lua que nos encanta
Ao iluminar o firmamento,
Nos traz sublime alegria,
Também saudades, nostalgia,
Melancolia, dor, sofrimento.

Sobre as ondas o céu derrama
Os doces raios do luar,
Inquietando a nossa alma
Quando à praia vem beijar!

E eis que um luar fugidio,
Encantador e calmo,
Sorrateiro, sedutor,
Enche minha alma de amor!...

Roseleide S. Farias de Santana